Vocês ouviram o que foi dito: “Não
adulterarás”. Mas eu lhes digo: Qualquer que olhar para uma mulher para
desejá-la, já cometeu adultério com ela no seu coração.
Mateus 5.27-28
Mateus 5.27-28
FANTASIA
Jesus continua buscando um significado profundo da lei de
Moisés e mostrando a seus talmidim
que a lei não é mera questão comportamental, pois o comportamento é secundário
em relação aquilo que ocupa a interioridade humana. Para Jesus, a essência da
Torá implica uma profunda mudança interior. “Vocês sabem que não devem
adulterar”, diz Jesus a seus talmidim.
“Mas o olhar impuro é tão danoso quanto o adultério, e é suficientemente
prejudicial para as pessoas envolvidas nesse jogo”.
Naturalmente, Jesus não condena a apreciação do que é belo
ou a experiência do despertar do desejo entre um homem e uma mulher. Isso não é
condenável. Jesus fala contra aquele olhar que transforma um ser humano em
objeto, que despersonaliza um semelhante, esvazia o ser humano de sua dignidade
e o reduz a uma coisa que se presta unicamente ao prazer de quem olha e deseja.
Jesus está se referindo a determinado nível de nossas
fantasias mais profundas e às pessoas que ocupam resulta no arrebatamento do
outro para o mundo da fantasia, faz que a gente saia da realidade e viva num
mundo em que o desejo se torna o grande imperador. Um mundo em que os apetites
e instintos mais egocêntricos do corpo e da alma exigem ser satisfeitos a todo
e qualquer custo. Jesus está denunciando a fantasia que se transforma em
escravidão.
Jesus nos ensina que não basta fazer ou deixar de fazer. É
preciso desmascarar as fantasias que povoam a imaginação, nos tiram da
realidade e transformam nossos semelhantes em coisas.
Peça a Deus um coração capaz de olhar as pessoas como
pessoas e jamais esvaziá-las de sua dignidade, transformando-as em meros
objetos de prazer.
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Referência do
texto: KIVITZ, Ed René. Talmidim: o passo a passo de Jesus. São Paulo:
Mundo Cristão, 2012. Página 60.
Transcrição: Deivid
Liberto
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