Bem-aventurados os que têm fome e sede de
justiça, pois serão satisfeitos.
Mateus 5.6
Mateus 5.6
FAMINTOS
Quem
são os que têm fome e sede de justiça? Evidentemente, os injustiçados. São
aqueles cujos direitos foram usurpados, os que se sentem abusados e aqueles
que, por mais que clamem por justiça, colhem injustiça. Eles se sentem
abandonados à própria sorte. Gritam, e ninguém ouve. Batem à porta, mas ninguém
abre. Apresentam seus argumentos, mas ninguém lhes dá razão. Eles têm fome e sede
de justiça porque percebem seus direitos negociados e sendo arrastados para
cada vez mais longe.
Jesus
fala para pessoas que de fato se sentem assim. Gente que há muito tempo convive
com a injustiça. Eles são pobres, humilhados e choram indefesos. Jesus sabe que
são gente sem vez, esquecidos ou, como dizemos hoje, “marginalizados”. E que
cruel expressão a nossa, que relega alguém à margem da sociedade e, por vezes,
à margem da própria vida.
A essa
altura, talvez você possa estar se questionando: não é muito injusto reduzir o
reino de Deus a uma dimensão sócio-político e econômica? Mas a verdade é que é
exatamente sobre esse palco que a maldade espiritual e o malvado ganham
contornos mais sólidos. Nos tecidos sociais, o ser humano machuca outros seres humanos,
submete-os à fome, à miséria, a sofrimentos que poderiam ser evitados, a
circunstâncias inadmissíveis para quem tem um mínimo de senso de dignidade e
direito.
Ao
prometer que “os que têm fome e sede de justiça” seriam “satisfeitos”, Jesus
nos informa que o mal terá sua paga. No tribunal de Deus não há omissão nem
privilégios. O juízo de Deus não está à venda, seu veredicto não pode ser
comprado. Ele fará justiça e o bem vai triunfar. Essa é a promessa do reino de
Deus. Enquanto esse dia de paz e justiça não chega, continuaremos em marcha na
direção do reino, servindo da melhor maneira que estiver a nosso alcance a
todos aqueles que têm fome e sede de justiça, promovendo a paz e profetizando o
reino de Deus. Os talmidim de Jesus
marcham para o reino de Deus ao lado dos pobres, dos que não têm vez nem voz.
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Referência do
texto: KIVITZ, Ed René. Talmidim: o passo a passo de Jesus. São Paulo:
Mundo Cristão, 2012. Página 52.
Transcrição: Deivid
Liberto
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