Então o Diabo o levou à cidade santa,
colocou-o na parte mais alta do templo e lhe disse: “Se és o Filho de Deus,
joga-te daqui para baixo. Pois está escrito: ‘Ele dará ordens a seus anjos a
seu respeito, e com as mãos eles o segurarão, para que você não tropece em
alguma pedra’”. Jesus lhe respondeu: “Também está escrito: ‘Não ponha à prova o
Senhor, o seu Deus’”.
Mateus 4.5-7
Mateus 4.5-7
ÍDOLO
O Diabo continua suas tentativas de fazer Jesus provar que ele é
quem é, e fazer o Pai provar que tem por Jesus o amor que diz ter. O Diabo quer
sugerir que, se Deus nos ama, então não vai deixar que nada de mau nos
aconteça. Se Deus nos ama, então podemos viver do jeito que quisermos, mesmo
irresponsavelmente, que ele sempre vai nos amparar. Que, como diz a canção
popular, o acaso vai nos proteger enquanto andarmos distraídos. Em outras
palavras, o discurso do Diabo é: “Deus tem a obrigação de cuidar de você, afinal, ele diz que o ama”.
Mas Jesus tem uma perspectiva diferente. Ele não vai colocar Deus
à prova. Não vai puxar o elástico de seu relacionamento com o Pai e exigir que
ele responda à maneira atrevida e displicente como vive. Muito pelo contrário,
Jesus sabe que os filhos vivem de acordo com a sabedoria dos pais, não os pais
para satisfazer os caprichos dos filhos.
O Diabo citou a Bíblia, o salmo 91: “Ele dará ordens a seus anjos
a seu respeito, e com as mãos eles o segurarão, para que você não tropece em
alguma pedra”. Mas Jesus também citou as Escrituras, Deuteronômio 6: “Não ponha
à prova o Senhor, o seu Deus”. Que embate de palavras sagradas!
Quando caímos nessa armadilha de viver na expectativa de que Deus
se prove constantemente para nós, manipulando as palavras sagradas de acordo
com nossas conveniências, Deus deixa de ser Deus e se torna um ídolo. Deixa de
ser aquele que está no controle e passa a ser aquele que corre atrás de nós o
tempo todo, para corrigir, remediar ou dar condições ideais à forma como
estamos vivendo.
Jesus olha a vida de maneira diferente. E nos ensina que Deus é o
Pai, e nós somos seus filhos. Viver como um filho de Deus é jamais colocá-lo à
prova. Viver como filho de Deus implica não exigir que Deus prove seu amor. Os
filhos de Deus não tratam o Pai como um ídolo.
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Referência do texto: KIVITZ, Ed René.
Talmidim: o passo a passo de Jesus. São Paulo: Mundo Cristão, 2012. Página 41.
Transcrição: Deivid
Liberto
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