segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

TALMIDIM 053

Vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados: “Não matarás”, e “quem matar estará sujeito a julgamento”. Mas eu lhes digo que qualquer que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento. Também, qualquer que disser a seu irmão: “Racá”, será levado ao tribunal. E qualquer que disser: “Louco!”, corre o risco de ir para o fogo do inferno. Portanto, se você estiver apresentando sua oferta diante do altar e ali se lembrar de que seu irmão tem algo contra você, deixe sua oferta ali, diante do altar, e vá primeiro reconciliar-se com seu irmão; depois volte e apresente sua oferta. Entre em acordo depressa com seu adversário que pretende levá-lo ao tribunal. Faça isso enquanto ainda estiver com ele a caminho, pois, caso contrário, ele poderá entregá-lo ao juiz, e o juiz ao guarda, e você poderá ser jogado na prisão. Eu lhe garanto que você não sairá de lá enquanto não pagar o último centavo.
Mateus 5.21-26
CUSPE

Assim como Moisés compareceu diante da comunidade de Israel, vindo do monte Sinai onde recebera as tábuas da Lei, Jesus se comporta no Sermão do Monte como um novo Moisés. Jesus está aprofundando a interpretação da lei de Moisés e, como os rabinos de sua época, trazendo sua própria interpretação da lei. Jesus está apresentando seu jugo. Para exemplificar sua compreensão do propósito da Torá, reinterpreta um dos dez mandamentos: “Não matarás”.

Jesus diz que não basta deixar de matar, o que interessa a Deus é o que se passa dentro do nosso coração. Não matamos, mas odiamos, chamamos de louco, de “racá”. Alguns especialistas dizem que “racá” é aquele som gutural que produzimos quando estamos prestes a escarrar. É um xingamento horrível chamar uma pessoa de “racá”, porque significa que vamos expelir e lançar alguém fora de nossa vida. Cuspir um ser humano, segundo Jesus, é um pecado comparado ao assassinato.

Deus se importa menos com o modo como nos comportamos aparentemente do que com aquilo que há dentro de nós. O propósito da lei não é servir como um conjunto de regras comportamentais, mas compartilhar com o ser humano o caráter e o coração de Deus. E no coração do Pai não há espaço para matar ou odiar, e tampouco espaço para cuspir alguém como uma excreção. O que há é reconciliação, compaixão e perdão. Um coração como o nosso deve ser.

Cuide do seu coração. Não matar não basta. É preciso aprender a perdoar, oferecer oportunidade de reconciliação, viver em paz com todos ao redor. Peça a Deus um coração incapaz de cuspir um semelhante para longe de sua vida. Os filhos de Deus são pacificadores.
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Referência do texto: KIVITZ, Ed René. Talmidim: o passo a passo de Jesus. São Paulo: Mundo Cristão, 2012. Página 59.

Transcrição: Deivid Liberto

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