segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

TALMIDIM 071

Portanto, não se preocupem, dizendo: “Que vamos comer?” ou “Que vamos beber?” ou “Que vamos vestir?” Pois os pagãos é que correm atrás dessas coisas; mas o Pai celestial sabe que vocês precisam delas. Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas.
Mateus 6.31-33
Pagãos

É legítima a preocupação humana com a sobrevivência e os recursos para uma vida digna. Jesus Cristo nos diz, entretanto, que a preocupação com essas coisas não deve ser a força motora de nossa vida. A razão é simples: sustentar seus filhos é parte fundamental do caráter de Deus e não faz sentido nutrir inseguranças a respeito disso.

De fato, é inconcebível a cena de uma criança acordando no meio da noite e batendo na porta do quarto de seus pais para lhes perguntar se eles vão oferecer almoço no dia seguinte. Ou se vão providenciar escola ou roupas. A providência para o bem-estar dos filhos é compromisso dos pais. Quero que meus filhos durmam despreocupados, que eles me conheçam o suficiente para jamais duvidar de meu caráter e de meu amor por eles. É o que Deus está dizendo para nós: ele cuida das flores e dos pássaros; cuidará também de cada um de nós. Não é razoável desconfiar de Deus. Devemos gastar nossas energias buscando o reino de Deus em primeiro lugar.

Jesus não nos promete nenhum tipo de mágica, como se a honra a Deus fosse revertida em pão, boas roupas e imóveis. Devemos nos lembrar de que Jesus fala para um horizonte de pessoas oprimidas, com fome e sede de justiça. Gente esmagada pela escravidão, pelo martírio e perseguição. Jesus aponta para outra realidade, uma sociedade possível num outro mundo possível. Ele dá a esse lugar o nome de reino de Deus.

A relação de troca com Deus é própria do paganismo, em que os fiéis buscam suas divindades para que elas retribuam viabilizando conforto e boa vida. Os talmidim de Jesus buscam a Deus porque ele é a fonte de todo amor, a expressão de toda justiça e é a boa vontade distribuída entre os homens. Nós o buscamos para que ele nos inspire a viver no seu reino, nos domínios da paz, da fraternidade e da alegria. Nosso compromisso é com o reino de Deus e com sua justiça, as demais coisas são acessórios.
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Referência do texto: KIVITZ, Ed René. Talmidim: o passo a passo de Jesus. São Paulo: Mundo Cristão, 2012. Página 77.

Transcrição: Deivid Liberto

TALMIDIM 070

Não se preocupem com sua própria vida, quanto ao que comer ou beber; nem com seu próprio corpo, quanto ao que vestir. Não é a vida mais importante que a comida, e o corpo mais importante que a roupa? Observem as aves do céu: não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta [...]. Por que vocês se preocupam com roupas? Vejam como crescem os lírios do campo. Eles não trabalham nem tecem. Contudo, eu lhes digo que nem Salomão, em todo o seu esplendor, vestiu-se como um deles. Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, não vestirá muito mais a vocês, homens de pequena fé?
Mateus 6.25-26, 28-30
Desapego

As palavras de Jesus nos colocam diante de um desafio máximo: o desapego total. Quem deseja ser um talmid verdadeiro de Jesus deve chegar ao ponto de se livrar conscientemente de tudo o que não é essencial. Não se preocupar com o que comer, beber ou vestir. Não se preocupar com sua própria sobrevivência.

Jesus vinha ensinando isso havia algum tempo. Sobre as orações, ele ensinou que não deveriam ser repetições de súplicas, pois o Pai celestial sabe do que precisamos antes mesmo de pedirmos. Sobre o alimento, ensinou que o pão que devemos pedir a Deus é muito mais que o alimento para o corpo. E agora, finalmente, propõe que não nos preocupemos com o que comer, beber ou vestir.

Os talmidim de Jesus estão em marcha para o reino de Deus. Eles não se ocupam com sua sobrevivência ou conforto. Estão descansados na provisão e nas promessas de seu Abba. Esses talmidim estão, inclusive, dispostos a sofrer privações, passar dificuldades, conviver com a hostilidade da sociedade e sofrer perseguições, porque sabem que sua bem-aventurança consiste na marcha contínua para o reino de Deus.

Pessoas ocupadas com o que comer, beber ou vestir passam a vida absorvidas pelo trivial da existência humana e ainda não tiveram seus olhos abertos para a grandeza, a sublimidade, a transcendência do reino dos céus. Os talmidim de Jesus, por sua vez, já receberam a revelação do reino de Deus e não estão mais preocupados com suas necessidades básicas. E seguem sua peregrinação como sal da terra e luz do mundo, sob os cuidados do Pai celestial.

Peça a Deus que livre seu coração de toda e qualquer ansiedade quanto ao futuro. Descanse no cuidado e provisão de Deus. Ele cuida das flores e dos passarinhos. Cuida também de você.

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Referência do texto: KIVITZ, Ed René. Talmidim: o passo a passo de Jesus. São Paulo: Mundo Cristão, 2012. Página 76.

Transcrição: Deivid Liberto

domingo, 26 de fevereiro de 2017

TALMIDIM 069

Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro [Mamom].
Mateus 6.24
Mamom

O apóstolo Paulo disse que “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males” (1Tm 6.10). Isso pode ser mal interpretado, como se o dinheiro fosse neutro e todo o problema fosse o amor ao dinheiro. Nada mais perigoso do que pensar assim. Para Jesus, o dinheiro é um poder, algo que carrega uma energia espiritual que atua como se o dinheiro fosse uma pessoa que faz promessas, reinvindicações, exigências e que escraviza seres humanos. Por causa dessa energia espiritual é que ninguém pode “servir a Deus e ao Dinheiro” ao mesmo tempo. O dinheiro não é neutro. É o que a Bíblia chama de potestade: algo impessoal (uma coisa, um objeto) que funciona como se fosse uma pessoa. Jesus personifica o dinheiro, dá a ele o nome de Mamom, e atribui a ele o status de uma divindade que rivaliza com o Deus vivo e verdadeiro.

Neutro é um copo de plástico vazio e usado. Quem passa por um copo jogado ao chão, quando não pisa ou chuta, no máximo o coloca no lixo. Ninguém se sente atraído por um copinho usado, nem fica tentado a colocá-lo no bolso. Mas uma nota de 100 reais não é neutra. Ninguém passa indiferente por uma nota que está caída no chão. O dinheiro é assim, funciona como um ser vivo: nos chama, fala com a gente, seduz, faz promessas maravilhosas e exigências absurdas. O dinheiro é uma potestade, um deus rival.

Jesus é enfático em sua advertência: “Cuidado: onde estiver o seu tesouro, o seu coração vai atrás”. O dinheiro tem a capacidade de escravizar nosso coração. Mas Deus não faz promessas ilusórias nem exigências que ferem e humilham as pessoas. É melhor escolher servir a Deus.

A maneira como Jesus nos ensina a controlar o poder do dinheiro é reconhecendo que existe apenas um único e digno Senhor: Deus, nosso Pai.

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Referência do texto: KIVITZ, Ed René. Talmidim: o passo a passo de Jesus. São Paulo: Mundo Cristão, 2012. Página 75.
Transcrição: Deivid Liberto

TALMIDIM 068

Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros nos céus, onde a traça e a ferrugem não destroem e onde os ladrões não arrombam nem furtam. Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração. Os olhos são a candeia do corpo, se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz. Mas se os seus olhos forem maus, todo o seu corpo será cheio de trevas. Portanto, se a luz que está dentro de você são trevas, que tremendas trevas são!
Mateus 6.19-23
Cofre

A maioria das pessoas acredita que o comentário de Jesus sobre os tesouros faz uma distinção entre os tesouros da terra e os tesouros do céu. Nesse caso, joias, carros, mansões e iates seriam tesouros da terra, enquanto caráter, família e amizades, por exemplo, seriam tesouros do céu. Acredita-se que é mais importante ser justo do que ter dinheiro.

É verdade que é mais importante ter caráter do que ter dinheiro, e também é verdadeiro que pessoas valem mais do que coisas. Mas não é isso que Jesus está dizendo. Ele não está fazendo uma distinção entre os tesouros na terra e os tesouros no céu. Ele não está preocupado em qualificar o tipo de riqueza — se material ou imaterial, ainda que haja uma advertência quanto à riqueza que pode ser queimada, destruída ou roubada. Jesus está falando sobre cofres diferentes e explicando que há um cofre na terra e outro cofre no céu. Jesus não está tão preocupado com o tipo de tesouro que temos, mas sim, onde esse tesouro está guardado, se na terra ou no céu.

Há um segredo de sabedoria escondido no ensinamento de Jesus a seus talmidim. Como podemos guardar tesouros no céu? Jesus evoca a tradição rabínica a respeito dos olhos bons e maus. No judaísmo, ter um “olho bom”, um ayin tovah, significa ser generoso; e ter um “olho mau”, um ayin ra’ah, significa o contrário, isto é, ser mesquinho. Os olhos bons são comparados à solidariedade, à compaixão e à autodoação. Os olhos bons são olhos da generosidade; olhos maus são olhos do egoísmo. Olhos bons são olhos iluminados, que contemplam todos à volta e conseguem incluir outras pessoas em sua vida. Olhos maus são olhos de trevas, de quem não consegue enxergar nada além de si.

A recomendação de Jesus é que nossos tesouros estejam guardados no cofre do céu. Isto é, que nossas riquezas sejam distribuídas e partilhadas com bondade. Tesouros retidos egoisticamente apodrecem, ou são roubados e usurpados, pois todos os tesouros foram concedidos por Deus para o benefício comum, para o bem-estar coletivo.
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Referência do texto: KIVITZ, Ed René. Talmidim: o passo a passo de Jesus. São Paulo: Mundo Cristão, 2012. Página 74.

Transcrição: Deivid Liberto

sábado, 25 de fevereiro de 2017

TALMIDIM 067

Quando jejuarem, não mostrem uma aparência triste como os hipócritas, pois eles mudam a aparência do rosto a fim de que os outros vejam que eles estão jejuando. Eu lhes digo verdadeiramente que eles já receberam sua plena recompensa. Ao jejuar, arrume o cabelo e lave o rosto, para que não pareça aos outros que você está jejuando, mas apenas a seu Pai, que vê em secreto. E seu Pai, que vê em secreto, o recompensará.
Mateus 6.16-18
Jejum

Todo o capítulo 6 do evangelho de Mateus trata da visão de Jesus Cristo sobre a sedaqah, a prática das obras de justiça segundo a tradição judaica. Jesus já havia tratado das esmolas, da oração e agora se põe a ensinar sobre o jejum.

Jejum é a abstinência de alimento ou de água. A maioria das pessoas confunde jejum com parar de comer. Uma dieta não é necessariamente um jejum, porque o que caracteriza o jejum é sua finalidade espiritual.

Jejuar é escolher a morte. Quem inicia um jejum começa a morrer, pois abre mão daquilo que é essencial à sobrevivência do corpo. O jejum é uma forma de lembrar nossa consciência de que existe uma realidade mais importante do que nossa própria sobrevivência. O jejum é um passo em direção a algo mais importante do que permanecer vivo.

Jesus faz a mesma recomendação a respeito do jejum que já havia feito sobre as outras obras de justiça. Aos que dão esmolas, aos que oram e aos que jejuam, Jesus recomenda que essas obras sejam feitas no anonimato. Para evitar que o aplauso dos espectadores se torne a recompensa de nossas obras de justiça, devemos evitar que as pessoas saibam de nossa generosidade, de nossas orações públicas e de nosso jejum. Jesus está nos ensinando a deixar a recompensa nas mãos de Deus.

No universo espiritual, os benefícios que colhemos não dependem de nossas virtudes ou de nossas ações de justiça. Dependem da atuação amorosa e graciosa de Deus. Não existe “conquista” no mundo espiritual, nem decorrente de nossa bondade, nem de nossas orações ou de nosso jejum. Tudo o que podemos fazer é nos engajar no que é justo e esperar em Deus que ele nos abençoe segundo sua boa vontade, sua graça e seu amor. O que é recebido pela graça não é conquista, é dádiva.

Existem coisas mais importantes do que continuar vivo. A vida física, a sobrevivência física é menor do que a experiência do divino. Abra seus olhos para além dos limites de seu corpo físico e contemple o universo espiritual a sua disposição. Olhe para Deus, e espere dele a recompensa.
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Referência do texto: KIVITZ, Ed René. Talmidim: o passo a passo de Jesus. São Paulo: Mundo Cristão, 2012. Página 73.

Transcrição: Deivid Liberto

TALMIDIM 066

E não dos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.
Mateus 6.13
Maligno

A oração que Jesus nos ensinou tem como última súplica o enfrentamento do medo do mal. Vivemos em um mundo contingente, onde coisas ruins acontecem a pessoas boas, e coisas boas acontecem a pessoas ruins. Todos estamos sujeitos tanto ao sofrimento quanto à boa sorte. Existe no mundo uma dimensão do mal cuja manifestação não pode ser antecipada ou impedida. Mas Jesus não está falando desse tipo de mal.

Quando Jesus nos ensina a orar dizendo “livra-nos do mal”, está se referindo a um mal personalizado, uma força ou um poder que nos ataca e contra o qual devemos lutar. Uma coisa é experimentarmos a contingência da existência; outra coisa bem diferente é deixarmo-nos vitimar, voluntária ou involuntariamente, por uma ação que poderia ter sido resistida e confrontada.

Por essa razão, a súplica “não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal” também é interpretada por “livra-nos do Maligno”. Jesus orou por seus discípulos pedindo a Deus: “Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal”, seguindo a mesma lógica do Pai-nosso. As contingências da vida afetam todos os que estão no mundo — estamos todos sujeitos a horas boas e ruins. Mas Jesus pede a Deus que livre seus talmidim do mal.

O mal quer nos cooptar para que nos tornemos malvados. Jesus adverte que seus discípulos devem estar preparados para enfrentar o mal e resistir ao Maligno. Jesus deseja que seus discípulos não apenas sejam poupados dos ataques e das consequências do mal, mas também e principalmente que sejam capazes de oferecer resistência ao agente malvado, o Maligno.

Jesus suplica para que possamos distinguir entre o sofrimento eventual, inevitável, circunstancial, e o sofrimento causado por nossa negligência ou displicência — a dor decorrente da abertura que demos ao mal, sem resistir aos apelos dos malvados e malignos que interferiram em nosso caminho. O ônus da aventura de viver é inevitável, mas Jesus nos ensina a pedir a Deus o livramento da ação do mal, bem como forças para estarmos vigilantes para combatê-la.

Peça a Deus que livre você do mal. Mas peça também que Deus livre você de se tornar uma pessoa malvada.
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Referência do texto: KIVITZ, Ed René. Talmidim: o passo a passo de Jesus. São Paulo: Mundo Cristão, 2012. Página 72.

Transcrição: Deivid Liberto

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

TALMIDIM 065

Perdoa as nossas dividas, assim como perdoamos aos nossos devedores.
Mateus 6.12
Perdão

A culpa é uma das forças mais destrutivas que habitam o coração humano. Não somente a culpa, mas também seu sentimento reverso — a imputação de culpa a outro, com a noção de que temos algum crédito a receber. As duas coisas se equivalem em força destrutiva: a profunda consciência de que temos uma dívida que jamais conseguiremos pagar, e a profunda consciência de que temos um crédito que jamais é depositado em nossa conta.

Jesus nos recorda o fato de que somos capazes de contrair dívidas impagáveis não apenas com Deus, mas uns para com os outros. A solução que Deus oferece, tanto para aqueles que são devedores quanto para os que sofreram danos irreparáveis, é o perdão.

No caso de dívidas impagáveis, apenas uma de duas soluções é possível: ou o relacionamento entre as partes acaba, isto é, se dissolve tragado pela mágoa, ódio, cinismo, indiferença, ou desejo de vingança, ou então acontece a experiên­cia do perdão.

O perdão é algo que Deus inventou para possibilitar a continuidade do relacionamento entre pessoas que contraíram dívidas impagáveis umas para com as outras.

Deus escolheu nos tratar oferecendo seu perdão, dizendo: “Eu sei que sua dívida comigo é impagável, mas eu prefiro sofrer esse dano a perder você”. A experiência do perdão é esta: nós acolhemos o prejuízo, porque não queremos perder as pessoas.

Peça a Deus a capacidade de perdoar. Peça a Deus a experiência do perdão. Jogue fora suas culpas. E jogue fora também as notas de créditos que você ainda espera que sejam ressarcidas por aqueles que lhe causaram mal. Dívidas impagáveis se resolvem apenas com perdão.
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Referência do texto: KIVITZ, Ed René. Talmidim: o passo a passo de Jesus. São Paulo: Mundo Cristão, 2012. Página 71.

Transcrição: Deivid Liberto

TALMIDIM 064

Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia.
Mateus 6.11
Maná

O teólogo alemão Joachim Jeremias foi um dos mais extraordinários estudiosos da cultura semita, dos evangelhos e da Bíblia. Ele defende que a oração do Pai-nosso foi feita originalmente em aramaico, com algumas palavras hebraicas. Nesse trecho, por exemplo, ele acredita que “o pão de cada dia” é uma referência explícita ao maná, o alimento que caía dos céus durante a peregrinação do povo hebreu ao longo dos quarenta anos no deserto após o êxodo do Egito. Diz a Bíblia Sagrada que na sexta-feira caía do céu uma porção dobrada de alimento, suficiente para alimentar o povo também no sábado. Fazendo esse paralelo, Joachim Jeremias defende que a melhor tradução para “o pão de cada dia” é “o pão de amanhã”, isto é, o pão do sábado, recebido na sexta.

Em resumo, Jesus estaria nos ensinando a pedir a Deus o pão do shabat . O shabat é o símbolo do céu, das coisas imateriais, da plenitude de Deus. Jesus está nos ensinando a pedir além do pão de trigo que alimenta o corpo. Pois o que de fato nos sacia no reino de Deus não é o pão para nossa carne, mas o pão para a alma.

Jesus criticou as pessoas de seu tempo que o seguiam interessados apenas no pão de trigo. “Seus antepassados correram atrás do maná e mesmo assim, fartos do maná, morreram”, ele disse. “Vocês devem buscar o pão que vem dos céus, para que, comendo dele, nunca mais tenham fome.” Sem dúvida, Jesus faz referência ao fato de que ele mesmo é o pão dos céus, o pão da vida.

Embora o alimento para o corpo esteja incluído na oração, pois também somos corpo, Jesus está se referindo a algo muito maior do que a satisfação de nossas necessidades físicas e biológicas — “nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus”.
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Referência do texto: KIVITZ, Ed René. Talmidim: o passo a passo de Jesus. São Paulo: Mundo Cristão, 2012. Página 70.

Transcrição: Deivid Liberto

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

TALMIDIM 063

Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.
Mateus 6.9-10
Reino

A comunidade dos discípulos de Jesus é formada por aqueles que estão em marcha rumo ao reino de Deus. Os talmidim de Jesus se comprometeram com uma nova realidade, um outro mundo possível, uma maneira de viver que revoluciona completamente o modo de ser e as estruturas postas na sociedade. A comunidade dos discípulos de Jesus é formada por aqueles que foram chamados para uma revolução que tem como referência o reino de Deus.

Os talmidim de Jesus são aqueles que têm a consciência de que o mundo não é, ou não está, como que deveria ser. As coisas estão fora do lugar, a realidade está desconjuntada, o mundo em que vivemos está desestruturado. A oração pela vinda do reino de Deus é, na verdade, uma súplica pela interferência e pelo reinado de Deus, de fato e de direito, no mundo. É uma súplica para que a vontade de Deus seja feita assim na terra como no céu. Para que haja aqui e agora a maior densidade possível do que será manifesto ali e além, no reino de Deus consumado — novo céu e nova terra.

Queremos que, no mundo material, as coisas funcionem como na dimensão de Deus. A oração que Jesus ensinou, portanto, é uma palavra de inconformismo. Uma busca por Deus feita por aqueles que sabem que a realidade pode ser transformada.

Aliás, a realidade deve ser transformada. Olhe a seu redor e veja quanta coisa está fora do lugar. Clame pela manifestação do reino de Deus, suplique pela interferência e reinado de Deus. Coloque suas mãos a serviço de Deus, para que também através delas Deus possa colocar as coisas em seus devidos lugares.
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Referência do texto: KIVITZ, Ed René. Talmidim: o passo a passo de Jesus. São Paulo: Mundo Cristão, 2012. Página 70.

Transcrição: Deivid Liberto

TALMIDIM 062

Pai nosso que estás nos céus!
Mateus 6.9
Abba

Jesus nos ensina a orar chamando Deus de “Pai” ou “ Abba ”, em hebraico. Tratar Deus como Abba é uma fala originalíssima e exclusiva de Jesus. Os profetas e escritores do Antigo Testamento consideravam Deus como Pai, mas jamais ousaram se dirigir a ele dessa maneira. Somente Jesus nos ensinou a usar Abba como vocativo.

Abba é um vocábulo que remete ao balbuciar de um bebê que ainda não aprendeu a falar. Alguns tradutores sugerem que o mais próximo que temos em português é a expressão de nossa infância, “papai”, “paizinho”, mas não chega a tanto. Abba é uma das primeiras “palavras” de uma criança que ainda não tem consciência, não articula raciocínios, não domina a linguagem e não associa rostos a ideias. A criança que balbucia abba sabe apenas que aquele rosto e aquele cheiro lhe transmitem amor e segurança, e que aqueles braços estendidos são um abrigo naturalmente desejado. Diante de tantos braços estendidos, diante de tantas faces, a criança, ainda sem compreensão racional da realidade, identifica a face de seu pai, de seu abba.

Jesus nos incentiva a tratar o Deus altíssimo como Abba, e isso está em absoluta harmonia com o que ele nos ensina sobre oração. A oração não é algo que o Abba ouve, mas um coração que Deus vê. É uma experiência entre o homem e Deus que vai muito além das palavras, para além da articulação racional. Oração é uma relação afetiva e, por que não dizer, passional.

Deus é nosso Abba. É aquele em cujos braços nos lançamos, independentemente do que entendemos ou cremos, sabemos ou duvidamos. Deus é Abba, é quem invocamos com um simples suspiro ou com o balbuciar desarticulado que surge nos momentos de profunda e legítima pureza e ingenuidade. Ao orar, não se preocupe tanto com as palavras. Deus vê o coração. Ele compreende e acolhe os suspiros e as lágrimas que clamam: “Meu Abba, meu Pai”.
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Referência do texto: KIVITZ, Ed René. Talmidim: o passo a passo de Jesus. São Paulo: Mundo Cristão, 2012. Página 68.

Transcrição: Deivid Liberto

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

DEUS É LUZ

Tive o privilégio de ministrar a palavra de Deus em minha comunidade (Igreja Batista Boas Novas) no último dia 19/02/2017.

Tema: Deus é Luz
Texto: 1 João 1.5-8





Se for melhor, ouça o áudio no player abaixo:


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

TALMIDIM 061

Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia. Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém.
Mateus 6.9-13
PAI NOSSO

Os mestres espirituais sempre ensinaram seus discípulos a orar. A oração de um mestre reflete não apenas a maneira como ele se relaciona com o sagrado e o divino, mas também a síntese de seu ensinamento, seu pensamento sobre Deus e o mundo. A oração do Pai-nosso segue essa tradição. Jesus aborda pelo menos quatro das grandes angústias da alma humana: a falta de sentido, o apelo dos desejos, o peso da culpa e o medo do mal.

A maioria das pessoas se pergunta a respeito do sentido do mundo e da vida. Certa vez, vi uma estranha pichação em um muro: “Olhe ao redor: estranho, né?”. De fato, o mundo a nossa volta parece sem sentido, como parece sem sentido nossa própria vida dentro deste mundo. Jesus nos diz que o sentido da vida está no reino de Deus. Quando o nome de Deus é santificado e seu reinando se manifesta, então sua vontade é feita tanto na terra como no céu.

O apelo dos desejos exige a satisfação tanto das necessidades do corpo como da alma. Jesus nos ensina a pedir o pão nosso de cada dia, isto é, buscar em Deus a plena saciedade.

O peso da culpa que nos consome revela nosso senso de inadequação e miserabilidade. Jesus nos ensina a suplicar o perdão de Deus. Finalmente, o medo do mal e do maligno nos aflige. Jesus nos mostra que é possível encontrar em Deus o refúgio, a vitória sobre a tentação e a condição de enfrentamento da maldade.

A súplica pelo reino de Deus nos ajuda a enxergar o mundo com os olhos de Deus. O pão do céu aquieta o corpo e a alma. O perdão de Deus enche o coração de paz. E a certeza de vitória sobre o mal nos faz caminhar pela vida sem medo. Mais do que um mantra ou uma ladainha a ser repetida, a oração do Pai-nosso é um caminho.
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Referência do texto: KIVITZ, Ed René. Talmidim: o passo a passo de Jesus. São Paulo: Mundo Cristão, 2012. Página 67.

Transcrição: Deivid Liberto

sábado, 18 de fevereiro de 2017

TALMIDIM 060

E quando vocês orarem, não sejam como os hipócritas. Eles gostam de ficar orando em pé nas sinagogas e nas esquinas, a fim de serem vistos pelos outros. Eu lhes asseguro que eles já receberam sua plena recompensa. Mas quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está em secreto. Então seu Pai, que vê em secreto, o recompensará. E quando orarem, não fiquem sempre repetindo a mesma coisa, como fazem os pagãos. Eles pensam que por muito falarem serão ouvidos. Não sejam iguais a eles, porque o seu Pai sabe do que vocês precisam, antes mesmo de o pedirem.
Mateus 6.5-8
ORAÇÃO

As práticas milenares da sedaqah , obras de justiça do judaísmo, eram o jejum, a oração e as esmolas. Depois de ensinar sobre a esmola, Jesus trata da oração. Costumamos associar a oração ao hábito de falar com Deus. Orar seria, portanto, articular nossos desejos, nossas vontades, nossas angústias e nossas súplicas a Deus, nosso Pai. Orar seria falar e falar e falar e falar e falar — com Deus. É, portanto, surpreendente que Jesus nos diga que, para orar, devemos fechar a porta de nosso quarto e nos dirigir para o mais profundo silêncio. Jesus recomenda a introspecção, esse lugar onde Deus, que nos vê em secreto, nos recompensa. No retrato pintado por Jesus, a oração não é algo que Deus ouve, mas algo madre Tereza de Calcutá o que ela dizia a Deus enquanto orava, sua resposta foi muito interessante: “Eu não digo nada, apenas escuto”. Então voltaram a lhe perguntar: “E o que é que Deus fala para a senhora?”, ao que ela respondeu: “Ele não fala nada, apenas escuta”.

 A oração é experimentar Deus além das palavras. Palavras são limitadas demais para expressar essa experiência do divino. Jesus tanto sabe disso que nos recomenda fechar a porta do quarto e buscar a Deus em silêncio. É no quarto a portas fechadas que a verdadeira intimidade é construída. Inclusive com Deus.
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Referência do texto: KIVITZ, Ed René. Talmidim: o passo a passo de Jesus. São Paulo: Mundo Cristão, 2012. Página 66.

Transcrição: Deivid Liberto

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

TALMIDIM 059

Tenham o cuidado de não praticar suas “obras de justiça” diante dos outros para serem vistos por eles. Se fizerem isso, vocês não terão nenhuma recompensa do Pai celestial. Portanto, quando você der esmola, não anuncie isso com trombetas, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, a fim de serem honrados pelos outros. Eu lhes garanto que eles já receberam sua plena recompensa. Mas quando você der esmola, que a sua mão esquerda não saiba o que está fazendo a direita, de forma que você preste a sua ajuda em segredo. E seu Pai, que vê o que é feito em segredo, o recompensará.
Mateus 6.1-4
ANONIMATO

O assunto agora é a prática das “obras de justiça”, que os profetas de Israel chamavam de sedaqah. Para Jesus e os profetas, dar esmolas aos necessitados não é uma obra de bondade, mas um ato de justiça.

Os discípulos de Cristo não praticam a justiça porque são virtuosos — e, de acordo com ele, muito menos porque escondem algum interesse de recompensa com suas obras. Os talmidim de Jesus praticam a justiça porque... bem, porque é justo.

Nós fazemos o que é certo porque é certo e não necessariamente porque teremos alguma vantagem com isso. É assim que Jesus trata nossa prática da sedaqah . Ele diz que a melhor maneira de evitarmos a vaidade ou a sua mão esquerda não saiba o que está fazendo a direita”.

Deixe a recompensa nas mãos de Deus e não espere retribuição por sua prática de justiça. Pense no que é certo e justo e em tudo o que expressa o caráter de Deus. Faça simplesmente o que deve ser feito. Faça o que é certo, independentemente das vantagens ou desvantagens de sua ação. Não se deixe impressionar e jamais busque a aprovação ou o aplauso daqueles que estão ao redor assistindo a seus atos. Deus vê, Deus recompensa — esta é a promessa de Jesus para seus discípulos. O anonimato nos protege e nos coloca em dependência absoluta do Pai.
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Referência do texto: KIVITZ, Ed René. Talmidim: o passo a passo de Jesus. São Paulo: Mundo Cristão, 2012. Página 65.

Transcrição: Deivid Liberto

TALMIDIM 058

Vocês ouviram o que foi dito: “Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo”. Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. [...] Sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês.
Mateus 5.43-45,48
AMOR

O ambiente em que Jesus ensina seus talmidim é o contexto da religião judaica do primeiro século, onde a interpretação (e obediência) da Torá era o centro de toda a experiência espiritual. O grupo mais radical de compromisso com a lei era o dos fariseus, que, nas palavras do pastor e teólogo alemão Dietrich Bonhoeffer, promovia a “legalização do divino”. É nesse contexto de interpretação e discussão das Escrituras que Jesus aparece confrontando o ódio potencialmente presente no coração de todo ser humano e introduz a singela expressão “amor”. Todos estão debatendo a Lei, mas Jesus está falando de amor.

Jesus está ensinando que a essência do caráter de Deus não é a lei, mas o amor. A espiritualidade do reino de Deus não se restringe a observar regras de comportamento ou abraçar alguma elevada proposta moral. O caminho de Jesus é essencialmente uma experiência de amor. E uma experiência do amor de Deus que transborda para a construção de uma sociedade fundamentada no amor.

O Deus e Pai de Jesus faz o sol se levantar sobre justos e injustos e faz a chuva cair sobre bons e maus. Esse é o caráter de Deus, e Jesus nos convida a sermos assim. Uma vida e uma sociedade nos moldes do coração de Deus não se impõem pelo rigor da regra e pelo controle do comportamento, mas pelas relações de amor fraterno.

Deus não é um legislador implacável nem um juiz punidor. Deus é um Pai amoroso, que convida a todos a uma experiência de amor. No reino de Deus, o Pai é nosso.
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Referência do texto: KIVITZ, Ed René. Talmidim: o passo a passo de Jesus. São Paulo: Mundo Cristão, 2012. Página 64.

Transcrição: Deivid Liberto

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

TALMIDIM 057

Vocês ouviram o que foi dito: “Olho por olho e dente por dente”. Mas eu lhes digo: Não resistam ao perverso. Se alguém o ferir na face direita, ofereça-lhe também a outra.
Mateus 5.38-39
LUTHER KING

Uma leitura desavisada da chamada lei de talião concluiria que ela é um estímulo à vingança: pagar o mal com o mal, na mesma medida — olho por olho, dente por dente. Entretanto, a lei de talião não era um estímulo à vingança, mas um instrumento regulador das retaliações: se você me roubou um boi, eu não tenho o direito de ir até a sua fazenda e queimar todos os seus celeiros e roubar todos os seus bois. Se você me roubou um boi, eu só posso tomar um boi de você. A lei de talião era uma tentativa de frear o exagero de retribuir o mal com um mal ainda maior. O objetivo da lei era estabelecer limites para a maldade e a violência.

Mas Jesus ensina que seus talmidim não devem praticar o “olho por olho e dente por dente”: “Se alguém o ferir na face direita, ofereça-lhe também a outra”. Em vez de devolver o mal, responda pacificamente. Quando Jesus manda oferecer a outra face, está dizendo que não se deve deixar o mal sem resposta. Mas está também dizendo que a resposta deve ser pacífica. Em vez de pagar o mal com o mal, os discípulos de Jesus devem interromper o ciclo da violência. Para que a corrente do mal seja interrompida, alguém deve sofrer o dano, sem devolver ou passar adiante o prejuízo sofrido.

Lembro-me de que quando menino havia uma brincadeira (de mau gosto) na escola. Alguém começava dando um tapa na cabeça do amigo na carteira da frente e dizia: “Passa para frente e não volta!”. Essa brincadeira, no contexto mais amplo da sociedade, é responsável pelas agressões mútuas incessantes e tem gerado a escalada de violência sem limites.

Jesus ensina a resposta pacífica. Para isso, é necessário assumir sozinho o prejuízo que de outra forma seria coletivo. É isso que Jesus espera de seus talmidim. Foi esse ensinamento de Jesus que inspirou homens como Martin Luther King Jr. a jamais retribuir a violência, a não pagar o mal com o mal. Oferecer a outra face — eis o fundamento da cultura de paz.
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Referência do texto: KIVITZ, Ed René. Talmidim: o passo a passo de Jesus. São Paulo: Mundo Cristão, 2012. Página 63.

Transcrição: Deivid Liberto