Palavra: Deificação
Ele [Deus] nos deu as suas
grandiosas e preciosas promessas, para que por elas vocês se tornassem participantes
da natureza divina.
2Pedro 1.4
Aos talmidim
de Jesus Cristo não basta a ambição de serem iguais a seu Mestre e se tornarem
iguais a ele apenas em caráter e estilo de vida. Seguindo a mesma lógica do
apóstolo Paulo, que disse que o propósito de Deus é transformar todos os seres
humanos segundo a imagem de Jesus, de modo que a família celestial tenha muitos
irmãos, o apóstolo Pedro faz uma afirmação ainda mais surpreendente: o
propósito de Deus é nos fazer participantes de sua natureza divina.
Irineu de Lyon, um teólogo do século 2, disse
que “Deus se tornou homem para que o homem pudesse se tornar Deus”, e que “o
homem está destinado a ser pela graça aquilo que Deus é por natureza”. Basílio
de Cesareia, no século 4, acreditava que “o homem é um ser que recebeu a ordem
[ou o chamado, digo eu] de se tornar Deus”.
O processo de nos tornarmos participantes da
natureza divina é o que os teólogos do Oriente chamam de deificação: tornar-se
semelhante a Deus, tornar-se um com Deus, sendo esse o significado essencial da
salvação e da redenção que Jesus oferece a seus talmidim.
Quando o Espírito de Deus se une a meu
espírito, naquele momento eu passo da morte para a vida e das trevas para a
luz, isto é, quando tenho a experiência do novo nascimento, isso não significa
que o grande propósito da minha vida é escapar das chamas do inferno após a
morte física. A redenção proposta por Jesus é nos tornarmos participantes da
natureza divina. Em Jesus Cristo, Deus vem a nosso mundo, e de dentro de nosso
mundo, nos leva para dentro dele mesmo, Deus.
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Referência
do texto: KIVITZ, Ed René. Talmidim: o passo a passo de Jesus. São
Paulo: Mundo Cristão, 2012. Página 19.
Transcrição: Deivid Liberto
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